-Oi maninha. Oi namorado da maninha...Jade né?
-É isso sim. Oi Akira.
Subimos para o meu quarto e eu fui trocar de roupa no banheiro, afinal, estava 30 graus naquele dia. Quando voltei, usava um mini-short e uma regata mostrando o umbigo. Ao me ver daquele jeito Jade corou. Ele estava com alguma coisa na mão e me coloquei atrás dele tentando ver.
-Que qui cê tem aí?
-Nada, só to olhando umas fotos suas que eu achei.
-Boa ideia! Vamos ver, acho que eu tenha mais algumas por aqui...
Abri meu armário e fui surpreendida por uma avalanche de coisas que estavam socadas dentro do meu armário. Dei um grito com o susto e caí no chão. me recompuz o mais rápido possível e joguei tudo para baixo da cama para que Jade não visse.
-O que aconteceu?
-N-nada não!! Quer dise, n-não foi nada-E tentei forçar um sorriso. Peguei uma caixinha de madeira e sentei na cama ao lado de Jade. Peguei a chave e a girei cuidadosamente dentro do buraco. Abri a caixa e ela estava cheia de imagens de família e coisas assim. Peguei um montinho e dei para Jade.
-Essa era você bebê?
-Era sim. Eu sei o que você deve estar pensando, que meus olhos não são verdes né?
-É isso sim...
-É que no início, meu olhos eram verdes escuros, aos 5 anos, escureceram e ficaram castanhos, aos 6, ficaram verelhos, quase marrons, um pouco mais tarde ficaram castanhos novamente, e agora ficaram vermelho sangue. Meu médico disse que eles podem mudar de cor a qualquer hora.
-Sério? Espero que não mudem, gosto demais dos seus olhos assim.-E me deu um beijinho na testa. Voltamos a folear as imagens:
-Ó, essa aqui foi quando eu tinha 14:
Ele ficou boquiaberto. Segurou a foto mais perto do rosto e ficou um tempo em silêncio. Voutou a olhar para mim com um sorriso de orelha a orelha. Me abraçou com o braço esquerdo e voltou a admirar minha imagem.
-Não sabia que eu namorava uma super-modelo...
-Ah...para...Eu não sou tão bonita assim...
-É sim. E por isso que eu não te deixei ir na minha casa até hoje.
Fiz cara de surpresa e fechei a cara durante um tempo. Ele encostou a cabeça no meu ombroe fechou os olhos:
-Se eu deixasse você ir você mataria as rosas de inveja.
Virei mei rosto de uma vez me derretendo por dentro. Passou pela minha cabeça que ter escolhido o Jade fora a melhor escolha da minha vida. Eu amava de mais aquele menino. Sorri singela e ele me deu um selinho. Continuamos a ver as fotos e nos deparamos com uma imagem de família:
-Essa era uma foto de quando eu nasci.
-Por que as fotos parecem ser tão antigas?
-...
-Ah, sei lá! Acho que meus pais gostavam desse estilo de foto...Acho que tenho mais umas desse estilo na minha gaveta. Eu vou pegar.
Levantei da cama e dei a volta nela. Abri uma gaveta e me deparo com Silfx dormindo igual a uma pedra. E eram 4 da tarde.
-Hunf...Esse Sifx...Preguisoço demais da conta...
-A quanto tempo ele está dormindo?
-Desde ontem à noite! Ele vai acordar e do pior jeito!-Fui bufando até minha estante e abri uma gaveta que tinha embaixo dela. Vasculhei nela um tempo até achar uma buzina. Cheguei bem perto de Silfx e apertei e buzina com toda a força:
-BIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!
Silfx voou que nem um jato até bater a cabeça no teto. Eu não parei de apertar a buzina, e para alguém pequeno como ele, aquilo era o inferno. Ele caiu até o chão e tampou os ouvidos. Começou a correr em círculos gritando tentando abafar o som da buzina, que estava SUPER-ALTO.
-AAAAAHHHHH! FAZ ISSO PARAR! FAZ ISSO PARAR!!!
Soltei as mãos da buzina e Jade tirou as mãos dos ouvidos. Silfx parou de correr e olhou pro nada. Depois caíu pra trás e ficou em posição fetal. Enverguei com as mãos na cintura quase gritando com ele.
-É isso que você ganha por dormir mais de 12 horas!!
-Nunca mais...arrisco...a minha vida assim...-Ele gemeu. Dei uma risadinha e o peguei pelas asas. O coloquei na cama do meu lado e peguei as fotos que eu queria mostrar para Jade. Sentei na cama e fiz gesto para Jade sentar do meu lado.
-Ó: Essa era a imagem que eu queria te mostrar:
-São eu, meu pai e minha mãe. Foi um tempo antes da gente sair do Japão......-Fiquei olhando pro chão de olhos arregalados me lembrando de um terrível insidente que havia acontecido enquanto eu morava lá. Um uncidente que ninguém merecia viver. Um incidente traumatizante o suficiente para me deixar sem fala quando falasse dele. Parecia que eu tinha estado em estado de transe. Era só eu lá e mais ninguém. Flash Back's invadiam minha memória involuntáriamente, deixando-me com uma expreção morta. Jade ficou preocupado com o meu estado e me deu um leve tapinha no rosto:
-Kushy....?-Continuei a olhar pro nada com uma expreção morta. Ele segurou com força meu braço e começou a chacoalhá-lo:
-Kushynna! Acorda!-E nada de eu responder. Jade não entendeu e passou a foto, trêmulo, achando uma das piores.
A foto estava rasgada e colada com fita adesiva. Estava levemente chamuscada nas bordas e suja de poeira. Eu estava com uma expreção quase que de choro. Atrás de mim tinha a casa que havia cido arrombada, onde eu havia presenciado o assassinado. Jade não estava entendendo nada. Ele virou a foto para o verso e viu umas coisas escritas em japonês, e em baixo, em português:
ケース番号198:桜田の殺人事件。女の子の証人シーンとした後に心に傷を負っている
Caso número 198: Assassinato Dos Sakurada. Garota presencia a cena e fica traumatizada depois.
A expreção de Jade mudou de confuso para apavorado. Ele soltou a imagem e virou para me olhar de uma vez. Eu estava suando, chegando a pingar suor de meu nariz. As lágrimas se misturavam com o suor, deixando meu rosto quente e frio ao mesmo tempo. Uma lembraça que foi esquecida à 10 anos, relembrada novamente. Meu coração impedia de eu respirar normalmente, forçando-me a respirar ofegante pela boca. Jade levantou de uma vez e segurou no meu braço:
-Kushynna! O que está acontecendo?!
Não respondi a sua pergunta. Ele se agaixou ao meu nível e pois-se a olhar nos meus olhos. Ele colocou as duas mãos segurando meu rosto e tentou fazer com que meus olhos focassem nele, mas em vão. Ele abaixou um pouco a cabeça e depois sussurrou no meu ouvido:
-Kushynna, me desculpa.-Se fastou e sem hesitar me deu um tapa no rosto, fazendo minha cabeça girar. Rapidamente eu acordei e coloquei minhas mãos na bochecha, onde havia cido o tapa. Jade se agachou ao meu nível e colocou as mãos nos meus joelhos.
-Flor, me conta o que aconteceu...-Ele pediu com voz de criança. Fiz gesto que "sim" e me joguei no chão abraçando meus joelhos. Jade sentou do meu lado bancando o "todo ouvidos". Tomei fôlego e comecei a contar tudo desde o início.
-Quando eu morava no Japão, eu tinha uma melhor amiga, a Hokuto Sakurada. Ela tinha o cabelo curto e olhos amendoados. Seus pais eram donos de um banco muito famoso lá no Japão, tipo banco do Brasil, Itaú, ou coisa assim. Assim como eles eram respeitados também eram muito invejados. Um dia, Hokuto me chamou para ir dormir na casa dela, eu aceitei. Brincamos como se não ouvesse amanhã. Quando deu nove horas, fomos dormir. A meia-noite, saímos escondidas para brincar de esconde-esconde pela casa. Peguei minha bonequinha de pano e me escondi em um closet meio que vazio, com alguns sapatos, caixas e coisas assim. Mas no meio da noite, um cara invadiu a casa e matou os pais da Hokuto sem que soubéssemos. Esse cara logo saiu a procura de Hokuto, qua vagava a casa em minha procura. Quando ela abriu a porta do closet toda contente por ter me achado, POU! O homem deu um tiro bem no coração dela, fazendo respingar sangue por todo o closet. Eu soltei eu grito agudo e alto, fazendo furar os tímpanos. Hokuto caiu morta bem no meu pé. Me encolhi mais no canto da parede empedido que o cadáver de Hokuto me tocasse. Aí o descarado do cara tirou do bolso uma câmera e tirou uma foto minha d'eu morrendo de medo. Aproveitei o momento em que ele estava concentrado em ver como ficou a foto, levantei e peguei pela mão o corpo de Hokuto. Saí correndo, passando por baixo de suas pernas, em direção à porta e quando saí dei de cara com um policial. Eu me debatia fortemente, porque eu pensava que era um dos capangas do assassino. No dia seguinte foi a sepultura de todos. Eu fui a última a ficar, sentada no caixão de Hokuto. Depois fiquei 3 meses sem falar absolutamente nada...
Parei de narrar para evitar que eu me afogasse em lágrimas. Jade me abraçou pela cintura cruzando os braços nas minhas costas. Apoiei minha cabeça no seu ombro, fazendo minhas lágrimas molharem sua camisa. Um tempo depois empurrei Jade um tanto quanto bruscamente e levantei. Fiquei um tempo em pé, parada e olhando para a janela. Até que me lembrei de uma coisa muito importante, uma não: duas. Abri meu armário e comecei a tirar um monte de coisas de dentro dele, até achar uma lancheirinha. Voltei a me sentar perto de Jade e abri a minha lancheira. Tirei as coisas inúteis chegando a uma folha de jornal, uma foto e uma bonequinha de pano. Peguei a foto e a estiquei para Jade:
-Essa foi a foto que o assassino tirou. Apareceu na nossa caixa de correio uma semana depois do incidente. Está vendo a boneca? Meus pais a guardaram para caso de investigação policial, mas o caso já tinha cido totalmente resolvido. Então joguei ela no fundo da minha mala e zarpei para o Brasil. Tentando esquecer de tudo. Até aí estava bem, mas hoje, lá vem você e me relembra de tudo!
Jade engoliu a seco. Estava literalmente jogando na cara dele que ele havia feito eu me lembrar do pior acontecimento da minha vida! Ele colocou a mão no meu ombro e falou com voz chorosa:
-Kushy...Me-me desculpa...Se eu soubesse disso, eu juro que não teria te perguntado nada...
Olhei nos olhos de Jade e e seus olhos estavam úmidos. Essa história realmente fazia qualquer um chorar. Jade tentava parar de tocar no assunto, mas a curiosidade o forçava. Ele hesiou um pouco e depois apontou para a lancheirinha:
-O que é aquela folha?
-A-a folha? É uma página de jornal onde saiu a notícia. Se quiser, pode ver...
Ele esticou o braço passando por cima de mim até alcançar a folha. Voltou pro seu lugar e começou a "lê-la" porque estava escrito em japonês. Ele olhou pra mim e estendeu o papel:
-Eu sei que só vou piorar as coisas, mas lê pra mim?-pediu com voz de criança. Sorri e peguei o papel. Sentei mais perto dele e comecei a ler o que estava escrito:
-A filha dos senhor e senhora Sakurada chama uma amiga para dormir em sua casa, porém a casa é invadida e todos são assassinados. Menos a jovem convidada, denominada Kushina. esta conseguiu fugir com o corpo de Hokuto, a filha do casal, também assassinada.
"Ele atirou na Hokuto e depois tirou uma foto minha, aproveitei pra fugir com Hokuto por baixo das pernas dele!"- Diz Kushina. A tal foto que o assassino tirou ainda é um mistério. O que os policiais podem afirmar é que ele era um homem de anos, chamado Aitsu Roshyka. Ele foi preso e pegou prisão perpétua.
"Ela sofreu trauma cerebral. Nenhuma criança merece passar por isso..."- Afirma o médico. Kushina só postou depoimento no dia do assassinato, nos três meses seguintes não falou nada, e na virada do ano, em primeiro de Janeiro de 1997, a família Hayashi partiu para o Brasil.
-Kushynna! O que está acontecendo?!
Não respondi a sua pergunta. Ele se agaixou ao meu nível e pois-se a olhar nos meus olhos. Ele colocou as duas mãos segurando meu rosto e tentou fazer com que meus olhos focassem nele, mas em vão. Ele abaixou um pouco a cabeça e depois sussurrou no meu ouvido:
-Kushynna, me desculpa.-Se fastou e sem hesitar me deu um tapa no rosto, fazendo minha cabeça girar. Rapidamente eu acordei e coloquei minhas mãos na bochecha, onde havia cido o tapa. Jade se agachou ao meu nível e colocou as mãos nos meus joelhos.
-Flor, me conta o que aconteceu...-Ele pediu com voz de criança. Fiz gesto que "sim" e me joguei no chão abraçando meus joelhos. Jade sentou do meu lado bancando o "todo ouvidos". Tomei fôlego e comecei a contar tudo desde o início.
Parei de narrar para evitar que eu me afogasse em lágrimas. Jade me abraçou pela cintura cruzando os braços nas minhas costas. Apoiei minha cabeça no seu ombro, fazendo minhas lágrimas molharem sua camisa. Um tempo depois empurrei Jade um tanto quanto bruscamente e levantei. Fiquei um tempo em pé, parada e olhando para a janela. Até que me lembrei de uma coisa muito importante, uma não: duas. Abri meu armário e comecei a tirar um monte de coisas de dentro dele, até achar uma lancheirinha. Voltei a me sentar perto de Jade e abri a minha lancheira. Tirei as coisas inúteis chegando a uma folha de jornal, uma foto e uma bonequinha de pano. Peguei a foto e a estiquei para Jade:
-Essa foi a foto que o assassino tirou. Apareceu na nossa caixa de correio uma semana depois do incidente. Está vendo a boneca? Meus pais a guardaram para caso de investigação policial, mas o caso já tinha cido totalmente resolvido. Então joguei ela no fundo da minha mala e zarpei para o Brasil. Tentando esquecer de tudo. Até aí estava bem, mas hoje, lá vem você e me relembra de tudo!
Jade engoliu a seco. Estava literalmente jogando na cara dele que ele havia feito eu me lembrar do pior acontecimento da minha vida! Ele colocou a mão no meu ombro e falou com voz chorosa:
-Kushy...Me-me desculpa...Se eu soubesse disso, eu juro que não teria te perguntado nada...
Olhei nos olhos de Jade e e seus olhos estavam úmidos. Essa história realmente fazia qualquer um chorar. Jade tentava parar de tocar no assunto, mas a curiosidade o forçava. Ele hesiou um pouco e depois apontou para a lancheirinha:
-O que é aquela folha?
-A-a folha? É uma página de jornal onde saiu a notícia. Se quiser, pode ver...
Ele esticou o braço passando por cima de mim até alcançar a folha. Voltou pro seu lugar e começou a "lê-la" porque estava escrito em japonês. Ele olhou pra mim e estendeu o papel:
-Eu sei que só vou piorar as coisas, mas lê pra mim?-pediu com voz de criança. Sorri e peguei o papel. Sentei mais perto dele e comecei a ler o que estava escrito:
-A filha dos senhor e senhora Sakurada chama uma amiga para dormir em sua casa, porém a casa é invadida e todos são assassinados. Menos a jovem convidada, denominada Kushina. esta conseguiu fugir com o corpo de Hokuto, a filha do casal, também assassinada.
"Ele atirou na Hokuto e depois tirou uma foto minha, aproveitei pra fugir com Hokuto por baixo das pernas dele!"- Diz Kushina. A tal foto que o assassino tirou ainda é um mistério. O que os policiais podem afirmar é que ele era um homem de anos, chamado Aitsu Roshyka. Ele foi preso e pegou prisão perpétua.
"Ela sofreu trauma cerebral. Nenhuma criança merece passar por isso..."- Afirma o médico. Kushina só postou depoimento no dia do assassinato, nos três meses seguintes não falou nada, e na virada do ano, em primeiro de Janeiro de 1997, a família Hayashi partiu para o Brasil.
Parei de ler, tentando espantar os flash back's da minha mente. Jade colocou o braço ao redor do meu pescoço fazendo uma cara de "eu te entendo". Já íamos nos beijar quando meu irmão escancarou a porta:
-Detesto interromper os pombinhos apaixonados mas, Kushynna eu tô com fome, faz o jantar!
-"Por favor" às vezes é bom né?!
-(suspiro) POR FAVOR pode fazer o jantar?
-Agora sim! Desce lá que eu já estou descendo.
-NÃO.
Levantei e tentei expulsar meu irmão do quarto. Aquele moleque não desgruda nunca!! Tive que colocar minha mão na cara dele e com a outra segurar as suas mãos para jogá-lo escada abaixo. Literalmente. Ele foi se estabacando até o último degrau e ficou pelo chão. Eu que estava espiando sua dolorosa queda pela porta senti Jade atrás de mim olhando por cima da minha cabeça.
-Como você é má...Rs
-Tem que ser assim na minha casa...Mas se você quiser eu esfrio a cabeça...
-Nada disso! Prefiro as bravinhas...-E com isso me beijou. mas estaávamos tão apoiados na porta que acabamos caindo pra trás, e Jade por cima de mim. Eu corei e acabei virando um pimentão ambulante. Afinal....ele....estava....em....cima....de.....mim! Sentei no chão e Jade me ajudou a levantar. Olhei pra ele com um sorriso no rosto e falei com voz de criança:
-Você quer ficar pra jantar?
Ele ficou pensativo um tempo e depois me jogou outra pergunta.
-Posso?
-Claro que pode! Quando meus pais não estão em casa é "liberou geral"! Há,há!
Estava na cozinha preparando uma macarronada enquando Jade ensinava o Akira como passar de um nível de God of War III. Quando meu telefone toca.
-Alô?
-Oi filha, é a mamãe!
-Atá, oi mãe.
-Só liguei pra avisar que ainda tem ramen na geladeira, e que o telefone do nosso hotel ta na geladeira caso precise de alguma coisa, e vão dormir cedo! E-
-Mãe, quantos anos eu tenho mesmo?
-15
-Repita.
-15 anos Kushynna!
-Então não precisa ficar me tratando como se eu tivesse 5 anos!!
-Abaixe o tom de voz mocinha! Se não eu-
-Tchaau!
Desliguei o telefone e dei um suspiro
-Você não ouviu nada do que eu te falei naquele dia né?
-O que?
-Pra você ser mais legal com a sua mãe.
-Por falar nisso senhor Jade...O que você ia me diser naquele dia? Você estava superestranho porque me viu brigano com a minha mãe!
Ele apoiou a mão na bancada da cozinha e deu um suspiro
-Depois eu te conto ok? Agora vamos comer. Tá com uma cara boa a macarronada.
-Eu te prometi que você não ia precisar comer nenhum peixe cru a menos que pedisse.
Pegamos nossos pratos e comemos na sala de tv. Eu e Akira comemos de hashis, mas eu descolei uns talheres pra Jade. Era sexta e estava passando Piratas do Caribe, mas eu já tinha visto então colocamos Dragon Ball, com o Goku já crescido. Ríamos que nos acabávamos com as piadas do Goku. Depois eu fui lavar a louça e Jade apoiou o queixo no meu ombro.
-Preciso falar com você...
-Sobre...?
-Minha mãe...
Estranhei isso dele. Ele me puxou pelo braço e me levou até o jardim de trás da minha casa. Ficamos na parte menos visível do jardim e nos agachamos.
-Kushy, promete que não vai contar isso pra ninguém? NINGUÉM?
-P-prometo mas do que se trata?
-Lembra quando eu avisei que ia me mudar pra sua escola?
-lembro...
-Então, não foi porque meus pais quiseram...
-?
-Quando eu fiz cinco anos, meu pais se separou da minha mãe, a Caterina, e logo se casou com a minha madrasta, (inventei \o/) ela era a pessoa mais chata do mundo. Eu odiava aquela mulher. Ela ficava sempre no meu pé, mandando eu fazer as coisas certas, blá,blá,blá. Até que um dia....
Ele fechou os olhos e ficou em silêncio. Pedi pra ele prosseguir:
-"Até que um dia"...?
-...Ela estava na cozinha. Foi no dia em que eu te avisei que ia mudar pra sua escola. Eu fui até ela e avisei que ia sair a noite.
-Foi quando você me chamou pra sair?
-Foi. (flash back) Eu pedi isso a ela, mas falou que não, que eu tiha que estudar pra prova, e que ela nem te conhecia, e que eu era um irresponsável. Então eu disse que a Caterina deixaria eu ir, então ela disse:
"- Sua mãe te abandonou ao relento! Eu tive a bondade de me casar com o seu pai! Agora EU sou a sua mãe! Quer você queira ou não! Aqui eu sou um deus!!"
Aí ela pegou uma foto minha e da minha mãe biológica e tacou fogo nela. Aquela era a única foto que havia sobrada da minha mãe. Eu fiquei com tanta raiva, que tive vontade de pegar uma faca e matá-la. Mas eu tinha pensado em outra coisa: Ela havia deixado o gás ligado. Peguei um isqueiro e corri pra porta. Acendi o isqueiro e joguei com tudo na cozinha. Saí corrindo e BUM! Toda a cozinha explodiu. Eu fiz parecer um acidente para a polícia. Mas a verdade é: Eu matei minha mãe.
Meus olhos arregalaram e eu engoli a seco. Bati minha mão na boca e caí pra trás me apoiando na mão livre. estava de frente para um assassino! Na verdade, eu NAMORAVA um homicida!
Meu coração estava a mil por hora, não! A 1.000.000.000 por hora! NÃO! Estava a infinito por segundo! Quase que saía pela boca! Bruscamente dei dois passos cambaleados pra trás batendo minhas costas na parede da casa. Meus olhos espelhavam terror/medo ao mesmo tempo. E se eu o deixasse com raiva a ponto de ele fazer o mesmo comigo?! Por reflexo fechei os olhos e comecei a formular saídas: Terminar com Jade? Provavelmente. Denunciá-lo a polícia? É uma opção. Entrar na onda dele? BEM talvez, a chance era quase que nula. Pensava desesperadamente o que fazer quando sinto a respiração de Jade bater em meu ombro.
-Te prometo que nunca farei isso com você, se é isso que está pensando...-Sua voz saiu chorosa e eu fiquei com dó dele por pensar que ele poderia fazer isso comigo:
-D-desculpa...-Disse baixinho colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha.
-Não te culpo por nada... Quem ouve isso também pode pensar assim. Só quero deixar uma coisa bem clara:
Ele segurou meus ombros e me beijou. Ao fundo a lua nos iluminava. A nossa noite prometia...







Ai que coisa romantica escreva logo o próximo capitulo eme add no amor doce karenstar
ResponderExcluiramo sua fanfic
beijos